terça-feira, 2 de novembro de 2010

Hip Hop como Instrumento de Transformação,Conscientização e Comercio


Na década de 90 a base da cultura hip hop era ter nítido o conceito de conscientização.
Conscientização como desenvolvimento crítico da tomada de consciência para adquirir sua própria liberdade e ultrapassar os obstáculos que impedem o homem de ter sua boa percepção do mundo cotidiano.
A consciência pode ser analisada em duas fases: imagem e atividade. A imagem é o perceber,o ver,é formar um corpo sobre qualquer objeto criado e atividade é a atuação do homem frente as adversidades da sociedade.é nesta fase que se concretiza a consciência social.Buscamos então, formar a imagem do hip hop alinhado com as atividades propostas por vários grupos.
Esse foi o nosso marco: a integração e o conhecimento sócio-político-econômico com a cultura hip hop para estabelecer a participação de todos os jovens afros descendentes na busca de temas, idéias, projetos que retratavam a nossa vida, a nossa cultura.
Não havia condições de separar a cultura hip hop da política, dos debates, das discussões nacionais e dos seminários que identificavam o contrastes com a sociedade brasileira e o resgate de uma cultura não falada, não divulgada.
Mediante esta tomada de consciência fomos capazes de adquirir uma perspectiva com respeito aos outros, com respeito ao universo, com respeito a nós mesmos.
No século 20, nossa nova geração assume a responsabilidade de administrar assuntos da sociedade em contraponto com um novo cenário: a GLOBALIZAÇÃO. Percebemos o aumento considerável de pessoas envolvidas com o hip hop (rap virou moda nacional e o negro é lindo) e assumiram o papel da transformação,porém vinculado ao modelo de industrialização e crescimento econômico mal concebido.Há que se perceber a evolução simultânea da comunicação,interagir em segundos com todo o mundo e a multipluralidade de idéias,saber lidar e entender essas propostas inovadoras,criar senso crítico e interpretação sem julgamento.Não há o certo ou errado.Você terá sua própria conclusão do que está sendo apresentado a você.
Com tal mudança, derruba-se a bandeira política da cultura hip hop e cria-se um mercado relacionado à fama, status e sucesso sem reconhecer sua necessidade. E qual a necessidade desta nova geração?Qual a perspectiva e objetivo da cultura hip hop?Há necessidade de Inovação?
Quando os seres humanos se esquecem dos compromissos com os princípios e valores morais, há a desunião e a nível individual, o crescimento desmedido da crise mundial. Uma ruptura com o seu real??
Mas em meio a este caos há ações esperançosas que faz consigo novas lições, ou seja, a busca do trabalho em conjunto/parcerias com apreciação de soluções aos problemas globais que agora afetam profundamente a todos: mercado fonográfico, mercado de trabalho, transparência em produção artística, profissionalismo e construção de carreira.
Creio que no século 21, investiremos em reinventar o conceito de comercio. Comércio baseado na troca voluntária de produtos.E quais seriam estes produtos no hiop hop?Qual o nosso amadurecimento para tornar nossos produtos rentáveis?
Saibam que precisamos investir em nós mesmos, melhorar o nosso currículo porque esta é a forma de conquistar o trabalho desejável. Penso que as organizações,crews,grupos,bancas e coletivos querem construir o mercado de negócio para a cultura hip hop.Não se torna engenheiro,advogado,jornalista,médico,professor,gestor social,mecânico,administrador,empresário,produtor,múscio,artista,pintor etc. sem investimento,especialização,conhecimento e aprimoramento do que você já estudou.
Esse comércio faz parte da cultura hip hop e é um tema embrionário, mas não temos como afastá-lo.
A cultura hip hop passa por várias evoluções necessárias.
Eu não quero perder esta construção e faço parte deste desafio. E você??Não vai participar??

Um comentário:

  1. Concordo em número, gênero e grau. Precisamos mudar os conceitos, só pq se atinge uma meta, não há nada a fazer, pelo contrario, temos que sempre estar atualizados, para atingirmos alvos melhores e grandiosos, se não o mundo nos engoli. Abc

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